segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Slipped Away

"Eu não estava por perto para te dar um beijo, um aceno de adeus. Eu queria poder te ver novamente, mas sei que não posso. Espero que você consiga me ouvir, porque eu me lembro claramente: o dia que você partiu, foi o dia que eu percebi que nada mais seria igual"

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Datas

Deitada no sofá, enrolada no cobertor e com um livro na mão. Me agarrei no cachorro e fiquei tentando não pensar no que o dia ontem significava. Essa foi minha tarde. Foi em vão, eu sei, mas não custa tentar.

Eu até evito olhar pro meu mural de fotos, que fica pendurado no quarto. O motivo? Eu vou encontrar uma foto que transparece felicidade com o sorriso mais confortante do universo.

Percebo que a cada dia que passa eu tento lidar com a perda de uma maneira diferente. Posso percorrer caminhos completamente diferentes. Eles sempre acabam no mesmo lugar, no mesmo pensamento, na mesma angústia.

Se você estivesse aqui, seria o dia em que receberia presentes, ligações de pessoas aleatórias desejando felicidades. Seria muito estúpido da minha parte te desejar parabéns? Todos os dias penso em você, rezo pra que você fique bem e que possa olhar por mim. O motivo disso não é apenas porque foi seu aniversário, isso já se tornou banal, mas ainda assim, esse seria um dos milhões de motivos que eu te ligaria e ficaria conversando. Eu te amo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

E assim vai...

...piorando e estabilizando dependendo do dia. É incrível como o sentimento de perda e a sensação de despedida fazem uma pessoa crescer.

Não virei uma pessoa carrancuda ou com um humor péssimo. Não fiquei impossibilitada de amar e muito menos, de sorrir. Eu ainda me divirto, choro de tanto rir, sonho e desejo. Só que faço isso tudo de uma forma diferente da qual eu fazia antes. Não sei explicar, só sinto isso.

E se vai piorar ou melhorar só resta continuar vivendo pra saber. Espero que não tenha que provar desse sabor amargo novamente.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

8 meses

8 meses que você partiu sem ao menos me avisar. Eu poderia puxar suas orelhas por ter ido desse jeito.

E seu dia tá chegando! Aquele dia em que você ficaria mais velha e eu ia te ligar desejando parabéns. Clichê, eu sei, mas não poderia deixar de pegar o telefone e te ligar. Agora, eu te pergunto: Tem telefone ou algum meio de comunicação no lugar onde você está? Se tiver, por favor, me fala. A saudade é grande demais e eu não tenho pra onde correr quando a dor aperta.

Quando estou sozinha em casa às vezes começo a chorar do nada. Lembro dos detalhes e ouço tua voz constantemente. Eu daria tudo pra ter um abraço seu agora. Podia ser daqui há 30 anos, mas eu queria ter a certeza de que ainda poderia te abraçar de novo algum dia.

A situação piora a cada dia que passa. Vai fazer um ano daqui a pouco e nada melhora.
1º mês: a ficha não tinha caído.
2º, 3º, 4º mês: a ficha continuava sem cair. Eu tenho quase certeza de que estava no meu período de negação.
5º mês: medo de olhar pro lado e não te ver e me dei conta de que não iria.
6º,7º mês: a dor tomou conta e não sai de dentro de mim.
8º mês: aqui estou eu, justamente na data mais ingrata e a saudade só tende a aumentar.


Eu tenho tanta coisa pra escrever, mas as palavras se misturam de uma tal forma que não consigo nem formar uma frase.

Queria te levar flores. Margaridas, violetas e rosas. Porém, com muita vergonha, admito que não tenho coragem. Desculpe por eu ser fraca e boba, mas quando se diz respeito à essas coisas, eu sou a pessoa mais covarde do mundo.

Espero que você esteja bem.
Eu te amo.