terça-feira, 23 de novembro de 2010

Filosofando #1

And in the end the love you take is equal to the love you make


                                - The Beatles

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Pensamento positivo pode dificultar desenvolvimento psicológico

Pesquisadores canadenses demonstraram a partir de uma pesquisa realizada recentemente, que o pensamento positivo dá resultado, só que é o resultado oposto. A pesquisa foi feita com jovens universitários que ficaram em observação para poderem obter os resultados. Eles resolveram testar a tese de que o pensamento positivo faz as pessoas se sentirem melhor e assim acabam produzindo mais e vivendo melhor. Só que no fim, o resultado não foi o esperado.
As palavras positivas ditas em voz alta até beneficiam, só que são realmente consistentes para quem já apresenta uma autoestima elevada. Porém, pioram incontrolavelmente para quem tem autoestima reduzida. “Ficar repetindo coisas positivas é só uma mecanização, é superficial e quando você acaba só torna as coisas mais difíceis de serem alcançadas”, explica a psicóloga e doutora em psicologia e desenvolvimento humano, Denise D’Aurea Tardeli.
Ao ouvirmos afirmações que não condizem com o que nós vemos, pode complicar o desenvolvimento psicológico e trazer cada vez mais problemas. A autoestima está ligada com o auto conhecimento, tem que desenvolver o conhecimento das capacidades e das limitações. “Se a pessoa fala que está bem só que o que está sentindo é ao contrário, o cérebro começa a entrar em parafuso. Só pensar não resolve, você tem que buscar, ir atrás”, relata Denise.
Hoje em dia, existem diversas técnicas de terapia para quem sofre desse tipo de problema. “Reprogramação, programação de pensamentos e aprender a se conhecer podem ser uma saída, desde que sejam acompanhadas por profissionais e especialista na área” , completa a psicóloga.
A pessoa quando está em crise de baixaestima ou autoreconhecimento, recorre à repetição de palavras positivas, já que reza a lenda de que falando repetidamente você atrai a positividade. Pessoas assim, apresentam sintomas de apatia, desmotivação e fracasso. “Muitas vezes, a baixaestima se dá em função da projeção social, do reconhecimento da sociedade e na maioria, são mulheres que apresentam esse tipo de problema”. A sociedade exige muito do perfil feminino, e a mulher sempre está em busca de ser melhor ou de se igualar ao mundo masculino.
Existem pessoas com perfis otimistas e pessimistas e isso, é construído durante o processo de crescimento da pessoa, desde criança. O ideal, é que tenhamos uma autoestima e pensamentos que sejam iguais às nossas capacidades. Ou até um pouco acima para o incentivo de progredir, nada muito além.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Violência doméstica afeta desenvolvimento infantil

O Centro de Pesquisa da Criança e do Adolescente – PUC- SP revelou que 60% dos homens que espancam suas parceiras também são violentos com as crianças. Atualmente, existem programas de apoio às crianças vítimas de maus tratos, como o Plano Programa Nacional de Promoção, Defesa e Garantia do direito à Convivência Familiar e Comunitária. A violência doméstica é um dano que contamina todo o núcleo familiar. Sendo assim, quando as mães são violentadas, as crianças que convivem com o problema são afetadas adquirindo diversos traumas.
As crianças que presenciam ou sofrem violência dentro de casa poderão arcar com conseqüências difíceis de serem resolvidas. “Afeta completamente o desenvolvimento psicológico e social, além de estabelecer diversos sintomas resultantes da violência”, explica a Assistente Social e Pesquisadora do Núcleo da Criança e do Adolescente da PUC- SP, Isabel Campos Arruda. Timidez, agressão, falta de vontade de participação e isolamento são alguns dos sintomas estabelecidos por quem sofre violência.
A pesquisadora alerta que a criança pode transportar o que viveu na infância para a vida adulta e ter uma vida perturbada e repleta de traumas. Muitas vezes, dependendo da situação em que a família se encontra, as mães são afastadas de seus filhos, os quais são encaminhados para abrigos. E para as crianças, crescer longe da mãe e do núcleo familiar é traumatizante.
Família é estrutura vital do desenvolvimento humano. “É um lugar essencial à humanização e socialização da criança e do adolescente, responsável pela formação e perspectiva de vida do indivíduo”, relata a psicóloga, Maria Izabel Calil Stamato.
Nos programas de apoio e abrigos criados para receberem crianças e adolescentes vítimas de maus tratos e violência, a maioria deles têm resultados positivos. O Programa Nacional de Promoção, Defesa e Garantia do direito à Convivência Familiar e Comunitária foi criado para romper a situação de manter a criança longe do seio familiar. “A criança tem direito à convivência familiar e esses vínculos devem ser protegidos pelo estado”, alerta a pesquisadora Isabel Arruda.
Quando a criança está no abrigo, os responsáveis fazem de tudo para que a estadia seja breve, e não permanente. Só que tudo depende de como a família biológica se comportar. Se apresentarem uma melhora no comportamento e provarem que tem condições e estrutura de criar os filhos, a criança volta para casa. Porém, muitas vezes as famílias não apresentam melhora e acabam rejeitando os filhos, e nesses casos, as crianças são encaminhadas para adoção.
De acordo com o Núcleo de Pesquisa da PUC, 86,7% das crianças têm família, 58% mantêm contato familiar mesmo nos abrigos, 22% não mantém contato, 22% permanecem mais de seis meses morando nos abrigos e 52% permanecem nos abrigos por mais de dois anos.
O Plano de Promoção, Defesa e Garantia do direito À Convivência Familiar e Comunitária coloca uma mudança cultural e de ação para as famílias envolvidas. As crianças que são mantidas pelo abrigo vão à escola, fazem serviços domésticos e têm horário de lazer. Quando a família demonstra melhora no comportamento, a criança passa a ter um relacionamento mais próximo, para que a proposta de reaproximação possa ser trabalhada. O que se tem, muitas vezes, são famílias desestruturadas. É difícil, quase impossível trabalhar com os vínculos e bases familiares com as crianças longe dos familiares. “Toda criança deve ser mantida e criada pela família biológica, é um direito e uma necessidade”, finaliza a psicóloga Maria Izabel Calil Stamato.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Amor é sabor que arde sem derreter

Amor, amar, relacionar e até viver são coisas complicadas de se definir e de explicar. Alguns relacionamentos são como chocolate suísso, a gente acha que nunca vai comer, pensa que nem é tão gostoso, mas, indescritivelmente, é. Então a gente come, pedacinho por pedacinho, escondido, guarda para comer depois, vai economizando, mas quando vê, já é o último pedaço. Daí comemos aquele pedacinho bem devagar, deixando derreter na boca. Derrete na boca assim como o amor derrete o coração e a razão.

O sabor doce pode se tornar amargo. O sabor suave pode se tornar picante. O sabor alegre pode se tornar triste, e quando se torna triste, um chocolate sempre ajuda. Se há uma pedra no caminho, um bombom ajuda a superar. Se for chorar pelo leite derramado, só chore se for chocolate ao leite. Chocolate é um alívio para dor de cotovelo.

Tem uns encontros que são secretos, da mesma forma que um chocolate. Tornam-se inesquecíveis, saborosos e marcantes. Assim como no amor, devemos manter os olhos longe dos bombons alheios. Flores e champanhe podem enfeitar o palco, mas é o chocolate que dá o show. Você nunca conhece realmente uma pessoa até que divide uma caixa de bombons com ela.

O verdadeiro amor permanecerá mesmo que os bombons acabem, mas não se descuide, previna-se com outra caixa. Os problemas do mundo parecerão menores se acompanhados por um chocolate. A vida é que nem uma caixa de chocolate, deve apreciar um por um e devagar, sem esquecer de nenhum. Cada pedacinho é importante, pois no final, quando se junta tudo é muito mais gostoso o sabor da união. Assim também é o amor, se apreciado calmamente, intensamente, o resultado final é espetacular.