quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

E assim você se foi

8 de dezembro. O pior dia da minha vida, até agora. Estava cobrindo um evento fora do meu local de serviço e quando volto vejo minhas tias sentadas conversando com a minha chefe. Eu, na minha inocência, pensei que elas estavam lá para entregar meu atestado, já que uns dias atrás eu havia faltado pra fazer exame. De repente, vi uma delas chorando e imaginei que tivesse acontecido alguma coisa com meu pai, com a minha avó, mas nunca com a minha mãe.
Ela era jovem, bonita, saudável. Sofri demais com a separação dos meus pais, mas depois de 3 anos eu já me acostumara a viver com a ausência dela em casa. Ela tinha um sorriso lindo, tinha mania de limpeza e adorava me presentear com itens de maquiagem. Brigava comigo toda vez que chegava do serviço e via meus sapatos jogados pela casa ou minhas roupas amarrotadas no guarda-roupa.
Eu ficava dias sem vê-la, mas eu sabia que era só eu ligar pra ela que em seguida eu ia ouvir a frase: ”Oi meu amor, tudo bem”. Agora, o que resta é apenas a lembrança. Lembrança de cada dia de passeio na praia, de como ela me ensinou a passar o rímel e eu, mesmo parecendo um panda, me elogiava e dizia que eu estava linda. Linda aos olhos da mãe.
Eu ainda estou no meu momento de negação. Não acredito que isso aconteceu. Estou esperando que meu celular toque e apareça ‘Mami’ escrito e que assim que eu atender eu vou ouvir a voz dela do outro lado perguntando quando eu vou visitá-la. Eu vou te visitar, mãe. Agora e sempre, só que de uma maneira diferente.
Sentirei falta de cada bronca, cada sorriso, cada abraço, cada palavra de conforto, do seu macarrão com molho branco e de quando eu pegava seus guarda-chuvas e sumia com cada um deles. Sentirei falta da minha mãe.
Hoje ainda é muito cedo, mas eu sinto e me forço a pensar que ela está viajando e que vai voltar, mas no fundo eu sei que não.

Eu te amo, mãe. Eu sempre amarei. 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Filosofando #1

And in the end the love you take is equal to the love you make


                                - The Beatles

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Pensamento positivo pode dificultar desenvolvimento psicológico

Pesquisadores canadenses demonstraram a partir de uma pesquisa realizada recentemente, que o pensamento positivo dá resultado, só que é o resultado oposto. A pesquisa foi feita com jovens universitários que ficaram em observação para poderem obter os resultados. Eles resolveram testar a tese de que o pensamento positivo faz as pessoas se sentirem melhor e assim acabam produzindo mais e vivendo melhor. Só que no fim, o resultado não foi o esperado.
As palavras positivas ditas em voz alta até beneficiam, só que são realmente consistentes para quem já apresenta uma autoestima elevada. Porém, pioram incontrolavelmente para quem tem autoestima reduzida. “Ficar repetindo coisas positivas é só uma mecanização, é superficial e quando você acaba só torna as coisas mais difíceis de serem alcançadas”, explica a psicóloga e doutora em psicologia e desenvolvimento humano, Denise D’Aurea Tardeli.
Ao ouvirmos afirmações que não condizem com o que nós vemos, pode complicar o desenvolvimento psicológico e trazer cada vez mais problemas. A autoestima está ligada com o auto conhecimento, tem que desenvolver o conhecimento das capacidades e das limitações. “Se a pessoa fala que está bem só que o que está sentindo é ao contrário, o cérebro começa a entrar em parafuso. Só pensar não resolve, você tem que buscar, ir atrás”, relata Denise.
Hoje em dia, existem diversas técnicas de terapia para quem sofre desse tipo de problema. “Reprogramação, programação de pensamentos e aprender a se conhecer podem ser uma saída, desde que sejam acompanhadas por profissionais e especialista na área” , completa a psicóloga.
A pessoa quando está em crise de baixaestima ou autoreconhecimento, recorre à repetição de palavras positivas, já que reza a lenda de que falando repetidamente você atrai a positividade. Pessoas assim, apresentam sintomas de apatia, desmotivação e fracasso. “Muitas vezes, a baixaestima se dá em função da projeção social, do reconhecimento da sociedade e na maioria, são mulheres que apresentam esse tipo de problema”. A sociedade exige muito do perfil feminino, e a mulher sempre está em busca de ser melhor ou de se igualar ao mundo masculino.
Existem pessoas com perfis otimistas e pessimistas e isso, é construído durante o processo de crescimento da pessoa, desde criança. O ideal, é que tenhamos uma autoestima e pensamentos que sejam iguais às nossas capacidades. Ou até um pouco acima para o incentivo de progredir, nada muito além.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Violência doméstica afeta desenvolvimento infantil

O Centro de Pesquisa da Criança e do Adolescente – PUC- SP revelou que 60% dos homens que espancam suas parceiras também são violentos com as crianças. Atualmente, existem programas de apoio às crianças vítimas de maus tratos, como o Plano Programa Nacional de Promoção, Defesa e Garantia do direito à Convivência Familiar e Comunitária. A violência doméstica é um dano que contamina todo o núcleo familiar. Sendo assim, quando as mães são violentadas, as crianças que convivem com o problema são afetadas adquirindo diversos traumas.
As crianças que presenciam ou sofrem violência dentro de casa poderão arcar com conseqüências difíceis de serem resolvidas. “Afeta completamente o desenvolvimento psicológico e social, além de estabelecer diversos sintomas resultantes da violência”, explica a Assistente Social e Pesquisadora do Núcleo da Criança e do Adolescente da PUC- SP, Isabel Campos Arruda. Timidez, agressão, falta de vontade de participação e isolamento são alguns dos sintomas estabelecidos por quem sofre violência.
A pesquisadora alerta que a criança pode transportar o que viveu na infância para a vida adulta e ter uma vida perturbada e repleta de traumas. Muitas vezes, dependendo da situação em que a família se encontra, as mães são afastadas de seus filhos, os quais são encaminhados para abrigos. E para as crianças, crescer longe da mãe e do núcleo familiar é traumatizante.
Família é estrutura vital do desenvolvimento humano. “É um lugar essencial à humanização e socialização da criança e do adolescente, responsável pela formação e perspectiva de vida do indivíduo”, relata a psicóloga, Maria Izabel Calil Stamato.
Nos programas de apoio e abrigos criados para receberem crianças e adolescentes vítimas de maus tratos e violência, a maioria deles têm resultados positivos. O Programa Nacional de Promoção, Defesa e Garantia do direito à Convivência Familiar e Comunitária foi criado para romper a situação de manter a criança longe do seio familiar. “A criança tem direito à convivência familiar e esses vínculos devem ser protegidos pelo estado”, alerta a pesquisadora Isabel Arruda.
Quando a criança está no abrigo, os responsáveis fazem de tudo para que a estadia seja breve, e não permanente. Só que tudo depende de como a família biológica se comportar. Se apresentarem uma melhora no comportamento e provarem que tem condições e estrutura de criar os filhos, a criança volta para casa. Porém, muitas vezes as famílias não apresentam melhora e acabam rejeitando os filhos, e nesses casos, as crianças são encaminhadas para adoção.
De acordo com o Núcleo de Pesquisa da PUC, 86,7% das crianças têm família, 58% mantêm contato familiar mesmo nos abrigos, 22% não mantém contato, 22% permanecem mais de seis meses morando nos abrigos e 52% permanecem nos abrigos por mais de dois anos.
O Plano de Promoção, Defesa e Garantia do direito À Convivência Familiar e Comunitária coloca uma mudança cultural e de ação para as famílias envolvidas. As crianças que são mantidas pelo abrigo vão à escola, fazem serviços domésticos e têm horário de lazer. Quando a família demonstra melhora no comportamento, a criança passa a ter um relacionamento mais próximo, para que a proposta de reaproximação possa ser trabalhada. O que se tem, muitas vezes, são famílias desestruturadas. É difícil, quase impossível trabalhar com os vínculos e bases familiares com as crianças longe dos familiares. “Toda criança deve ser mantida e criada pela família biológica, é um direito e uma necessidade”, finaliza a psicóloga Maria Izabel Calil Stamato.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Amor é sabor que arde sem derreter

Amor, amar, relacionar e até viver são coisas complicadas de se definir e de explicar. Alguns relacionamentos são como chocolate suísso, a gente acha que nunca vai comer, pensa que nem é tão gostoso, mas, indescritivelmente, é. Então a gente come, pedacinho por pedacinho, escondido, guarda para comer depois, vai economizando, mas quando vê, já é o último pedaço. Daí comemos aquele pedacinho bem devagar, deixando derreter na boca. Derrete na boca assim como o amor derrete o coração e a razão.

O sabor doce pode se tornar amargo. O sabor suave pode se tornar picante. O sabor alegre pode se tornar triste, e quando se torna triste, um chocolate sempre ajuda. Se há uma pedra no caminho, um bombom ajuda a superar. Se for chorar pelo leite derramado, só chore se for chocolate ao leite. Chocolate é um alívio para dor de cotovelo.

Tem uns encontros que são secretos, da mesma forma que um chocolate. Tornam-se inesquecíveis, saborosos e marcantes. Assim como no amor, devemos manter os olhos longe dos bombons alheios. Flores e champanhe podem enfeitar o palco, mas é o chocolate que dá o show. Você nunca conhece realmente uma pessoa até que divide uma caixa de bombons com ela.

O verdadeiro amor permanecerá mesmo que os bombons acabem, mas não se descuide, previna-se com outra caixa. Os problemas do mundo parecerão menores se acompanhados por um chocolate. A vida é que nem uma caixa de chocolate, deve apreciar um por um e devagar, sem esquecer de nenhum. Cada pedacinho é importante, pois no final, quando se junta tudo é muito mais gostoso o sabor da união. Assim também é o amor, se apreciado calmamente, intensamente, o resultado final é espetacular.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Los Angeles

Los Angeles (Angels)

Autor: Marian Keys
Tradução: Renato Motta
Editora: Bertrand Brasil
Data de Publicação: 2007
Número de Páginas: 490 páginas
Formato: 16 x 23 cm

 
 
 
Marian Keys nasceu em Limerick, região norte da Irlanda, em 1963. Formada em Direito, nunca exerceu a profissão. Passou sua juventude em Londres e foi dependente de álcool por muitos anos. Depois da reabilitação, em 1993, dedicou-se a escrever crônicas e contos que, para sua própria surpresa, foram aceitos pela editora irlandesa Poolbeg em 1995. Dessa inusitada oferta nasceu Melancia, seu primeiro sucesso editorial, traduzido para 32 idiomas.
 

O livro é o sexto romance da autora e se passa em torno de Maggie, que sempre foi a filha mais centrada da engraçadíssima e excêntrica família Walsh. Los Angeles é uma história absolutamente cativante sobre um casamento que deu errado e uma mulher sensível que, subitamente, cansada de viver com regras, resolve fazer o que bem entende da vida.

Ao largar o emprego em uma empresa de advocacia e seu casamento, que nunca foi engrenado de verdade, Maggie resolve explorar o que há de bom, ou não, por aí. E é assim que resolve abandonar sua vida em preto e branco no passado e parte em direção à Hollywood.

Em L.A, fazem parte do cenário roupas sofisticadas, pessoas magérrimas e emperiquitadas, que de acordo com a protagonista, até as palmeiras ao longo das calçadas são magras. Além das festas bem freqüentadas, que são presença constante no roteiro de Maggie.

Ao se hospedar com sua melhor amiga, Emily, uma roteirista, Maggie começa a fazer coisas que jamais fizera antes, até mesmo se enturmar com estrelas de Hollywood, usar meias-calças na cabeça para firmar o penteado e fazer apresentações de roteiros para produtores de cinema sem nem pensar duas vezes. Assim, conhece o misterioso Troy, um homem tão distante das mulheres que é conhecido como Teflon Humano e tem como filosofia de vida a famosa frase: “Desapegar pra ser feliz”.

Ao longo do livro, o leitor acompanhará Meggie em sua jornada de descobertas por um sentido na vida, juntamente com as estrelas, dos subúrbios sofisticados de L.A ao bronzeado que a protagonista cisma que só consegue obter nas praias da Califórnia.

Além de presenciar os ataques existenciais que Walsh terá quando for obrigada a engolir mágoas e, de quebra, muitos martínis, enquanto procura o que realmente quer da vida e qual o verdadeiro motivo de ter pulado fora do casamento.

Los Angeles é um livro indicado para todos que apreciam um pouco de realidade com uma mistura de sarcasmo, humor e irreverência. É de fácil entendimento e é indicado para adolescentes. Possui uma linguagem direta, do cotidiano e com um desenvolvimento sem palavras rebuscadas. 

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Contos do busão

Lá vou eu todos os dias. Acordo cedo, me arrumo e vou enfrentar a minha rotina. Chego no ponto de ônibus e encontro sempre as mesmas pessoas, com as mesmas expressões desanimadas e os meninos, geralmente, com os cabelos bagunçados.

De manhã, por incrível que pareça, é tudo bem tranquilo, não encontro muitas espécies raras pelo caminho. Mas é só eu descer no ponto final e atravessar a rua para a barquinha que já começa a aparecer diversas figuras que, sem dúvida, poderiam ser protagonistas de muitas histórias engraçadas.

A hora do almoço é a mais “tensa”. Lá estava eu, lutando contra meu sono, tentando não dormir com medo de perder o ponto. Infelizmente, ou felizmente, eu dei uma cochilada. Acordei na Conselheiro Nébias com umas senhorinhas sentadas nos bancos da frente falando um pouco alto. Um pouco alto é sutileza demais, estavam gritando:

- Mas isso tudo é uma vergonha – dizia uma
- Tem muita coisa errada nesse país – a outra completou
- É, mas você votou no Tiririca – retrucou a primeira
- Votei e votaria de novo, todo mundo fica jogando pedra nele, coitadinho. Ele vai se candidatar à Senador na próxima eleição, e se ele fizer coisas boas como deputado, ele GANHA.

Sim, ela deu um berro quando finalizou o sermão que eu, ainda sonolenta, dei um pulo do banco. Havia uma moça sentada do meu lado e eu pude perceber que se ela tivesse lazer nos olhos, ela queimaria as senhoras exaltadas lá do fundão.

O ônibus segue. No mesmo ponto, todos os dias, sobe um moço contando a mesma história. Ele tem AIDS, é pai de 3 crianças, não consegue emprego e toda aquela historinha de que “Ah, eu poderia estar roubando, matando, mas estou aqui, pedindo humildemente sua contribuição”.

Nesse dia, uma moça com uns 40 e poucos anos se irritou com os contos do rapaz e disse que não ia ajudar ‘vagabundo’ nenhum e ia chamar a polícia. O rapaz valente estufou o peito e retrucou:

- Você pode chamar a polícia, eu conheço todos os policiais, todos os delegados. Eu sou conhecido na cidade.

“Bom pra ele”,pensei e comecei a rir, pois todas as pessoas dentro do ônibus começaram a gritar com o homem. O ônibus parou e ele gritando e reclamando, desceu.

Quando eu pensei que tudo estava um pouco mais calmo, doce ilusão. Um infeliz sentado atrás de mim começa a escutar música no último volume. Eu tenho uma dúvida. Porque todas as pessoas que não utilizam o fone, que é um acessório feito justamente para dar privacidade aos seres humanos, ouvem funk? É sempre funk.

Eu reclamo, reclamo, reclamo que tenho que pegar 4 ônibus por dia e 2 barquinhas, mas pelo menos, eu me divirto. Às vezes.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Quando a facilidade do download prejudica

Um novo jeito de ver séries...


Cada vez mais a indústria do entretenimento tem lançado mais seriados para todas as idades e para todos os gostos e são possíveis de agradar a todos de uma forma ou outra. São uma infinidade de opções para escolher, seriados de comédia, terror, ação, femininos, suspense, baseados em livros ou revista em quadrinhos. Adolescentes se envolvem com os personagens e passam a ser o ídolo perfeito, só que quando se trata do assunto de audiência das emissoras contra os downloads pela internet o papo começa a ficar sério.

Muitas séries são filmadas e lançadas nos Estados Unidos e os canais brasileiros só começam a exibir a série muito tempo depois. Tem casos que poucas horas das exibições nos EUA milhares de fãs já estão em casa assistindo, e aqueles que esperaram um pouco mais puderam assistir com legenda.Cada vez menos os fanáticos por séries têm paciência para esperar o intervalo entre exibição nos EUA e a programação brasileira, período que pode ser um longo intervalo.


Hoje em dia é difícil encontrar fãs que nunca baixaram as temporadas de suas séries prediletas. A maioria faz isso, e os que não fazem é porque não sabem como se faz para baixar os arquivos ou então não têm acesso à banda larga. De fato, para conseguir os episódios de graça é imprescindível ter essa regalia, mas o resto fica por conta de uma verdadeira multidão de internautas que se unem e se ajudam em uma tarefa complicada e trabalhosa, cujo único objetivo é a diversão.


O estudante Felipe Mello baixa todos os dias os episódios das séries que acompanha. “Cada dia baixo um episódio de uma série diferente e não assisto na tv por que muitas vezes não está passando a temporada que eu quero assistir e assim, tenho liberdade de assistir quando eu quero e a temporada que quero” afirma o aficcionado por séries antigas, daquelas que já foram lançadas e já tiveram sua “season finale” há muito tempo.


O mesmo acontece com a estudante de engenharia Camila Neves Secco. Com uma vida conturbada, cheia de compromissos pessoais e os da faculdade ela afirma não ter como acompanhar o seriados pela tv. “Muitas vezes os horários não batem e se eu baixar eu posso assistir quando eu quiser, é bem mais prático e acabo tendo mais conforto. Quando eu não tinha descoberto esse mundo dos downloads eu comprava os “boxes” das temporadas, mas são muito caros.”


 Essa mudança de comportamento do público deixando de lado o antigo costume de assistir na tv e a passar a ver no computador vêm do fato de que a internet cada vez está mais rápida e com isso, a indústria vai ter que mudar o jeito de fazer esses negócios se quiser sobreviver. No caso dos filmes estão tentando resolver com o lançamento simultâneo em todo o mundo, já no caso das séries é bem mais complicado. Muitas emissoras de tv estão disponibilizando os episódios em seus sites, mas mesmo assim não está adiantando muita coisa. Vai ser complicado a indústria brigar com os fanáticos por séries, é só esperar para ver.


No caso dos responsáveis pelas hospedagens em sites ou comunidades em sites de relacionamento é de se questionar. É uma tarefa trabalhosa e complicada e sem fins lucrativos. “Não tem dinheiro nenhum envolvido nisso. Faço tudo pela diversão” relata Evandro, moderador de uma comunidade em um site de relacionamentos e dono de um site de compartilhamento de arquivos.


A vontade de ajudar os brasileiros a terem acesso mais rápido aos seriados que o levou à criação do site e da comunidade. Mas, para isso ele precisa de ajuda. Há a figura do “ripador”, que é alguém lá dos EUA que se dispõe a gravar no computador o episódio exibido. A próxima etapa é comprimir o arquivo e dividi-lo em vários pedaços. É aí que entra o trabalho de Evandro e de seus ajudantes espalhados pela web: pegar o episódio compactado pelos ripadores e criar um tipo de arquivo que dá acesso ao do episódio para colocá-lo à disposição do público, que é bem exigente. Depois do episódio estar na rede, entram em cena os legenders.


“O que me leva a fazer isso é faço de tudo para contribuir com as pessoas, que tem o mesmo desejo que eu, a facilidade de assistir às séries favoritas com comodidade” disse o estudante que tem que conciliar seus estudos com esse trabalho sem remuneração mas que a recompensa é o prazer.


A legalidade da tarefa de disponibilizar e baixar seriados pela internet ainda é questionada. Há quem diga que baixar infringe os direitos autorais e que prejudica os canais por assinatura, que exibem a série e acaba prejudicando também aqueles que pagam pelos canais. “Defendo os downloads, porque se não há venda ou distribuição, não é pirataria - e que as séries são exibidas na TV aberta dos EUA, portanto seria o mesmo que gravar com um videocassete e emprestar a fita para um amigo” rebate Evandro.

Com medo de represálias legais, ele não divulgou o endereço da página. “Pretendo colocar mais e mais e não vou parar de fazer isso", completa Evandro. As mais baixadas? "Lost", "Smallville" e "Prison Break" - três atrações que são exibidas no Brasil – claro que, com atraso de uns meses consideráveis em relação aos Estados Unidos.

Na opinião do garoto, resta às emissoras tentarem diminuir essa diferença de tempo, porque o fornecimento online de episódios  só está crescendo e não está nem perto de acabar. "Eles têm que saber que a pirataria nunca vai acabar e as  emissoras de TV dos Estados Unidos já começaram a colocar suas atrações na Internet. Provavelmente, esse é o futuro das séries".

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Coração de Tinta

Coração de Tinta (Tintenherz)

Autor: Cornelia Funke
Tradução: Sonali Bertuol
Editora: Companhia das Letras
Data de Publicação: 2006
Número de Páginas: 456 páginas
Formato: 16 x 23 cm




Cornelia Funke nasceu em 1958, em Dorsten, na Alemanha. Escritora e ilustradora de livros infantis e infantojuvenis de grande sucesso, recebeu diversos prêmios literários. Entre outros, é autora do aclamado O senhor dos ladrões, publicado em 2004 pela Cia. das Letras, obra que vendeu mais de meio milhão de exemplares em língua inglesa e outro meio milhão só na Alemanha, além de ter recebido seis importantes prêmios na Europa e nos Estados Unidos. Em 2005, foi eleita uma das cem pessoas mais influentes do mundo pela revista Time e é formada em pedagogia.


O livro se passa em torno da vida de Mo e de sua filha Meggie. Mo, além de exímio encadernador, tem uma habilidade incomparável: ao ler em voz alta, dá vida às palavras, e coisas e seres das histórias contadas surgem ao seu lado como se fosse um passe de mágica. Numa noite, a qual Mo estava exercitando seus dotes, acabou trazendo à vida alguns personagens de um livro misterioso chamado Coração de Tinta e acabou mandando para lá sua mulher.


Depois desse episódio, Mo decidiu nunca mais ler um livro em voz alta. Sua filha é uma devoradora de livros, mas apesar de insistir muito não consegue com que o pai lhe conceda algumas leituras. A menina não conhece o que de fato ocorreu, até que um estranho visitante aparece no meio da noite. Com roupas gastas como as de um artista de circo, os dedos cobertos de fuligem preta, e no ombro um estranho bichinho de estimação com pequenos chifres pontudos, ele não é um estranho para Mo, que não fica muito contente com a visita inesperada.


Meggie acaba escutando a conversa dos dois, apesar de não entender muito o que eles dizem. Só ouvia sobre um tal de Capricórnio, um sujeito malévolo que ambos parecem temer como ao próprio diabo.


Mo descobre que justamente nessa noite, chegara o momento que ele sempre temera: o terrível vilão, que ele havia tirado involuntariamente de dentro do livro muitos anos atrás, e do qual fugia desde então, estava em sua procura.


Capricórnio tem planos sombrios e Mo descobre que ele quer usar seus poderes para trazer do mesmo livro um ser ainda mais terrível e sanguinário do que ele próprio. Quando seus capangas finalmente seqüestram Mo, Meggie fica desnorteada.


Apesar de ser apenas uma criança, sua coragem não tem fim quando a vida do pai está em risco. E, além disso, um talento muito especial pode ajudá-la no caminho.


Isso tudo é o começo de uma aventura perigosa, cheia de acontecimentos fantásticos e reviravoltas imprevistas, que vai mudar para sempre a ideia que Meggie tem sobre os livros e suas histórias.


Coração de Tinta é um livro indicado para todos que apreciam um pouco de magia e ficção. É de fácil entendimento e é indicado para todas as idades. Possui uma linguagem direta, do cotidiano e com um desenvolvimento sem palavras rebuscadas.


Ps.: Eu resolvi postar aqui no blog todas as minhas coisas. Deixar tudo junto e misturado mesmo. Matérias, resenhas, notas ou outros trabalhos que faço pra faculdade...além dos meus textos de desabafos também ;p

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A nova tendência do sertanejo

Variação pop do sertanejo de raiz com algumas batidas que lembram as eletrônicas, com versões acústicas, mais refrões que são fáceis de decorar. Isso é o sertanejo universitário que tem seduzido cada vez mais os jovens. Esse nome surgiu porque o estilo é tocado em baladas que são mais frequentadas por estudantes de faculdade. Até 2008 a maioria desses locais atraiam as pessoas que curtiam música eletrônica, só que em 2009 o sertanejo universitário estourou e desde então vem conquistando cada vez mais adeptos.



Por se destacar pelas músicas empolgantes, de fácil memorização e de bastante interação com o público, o sertanejo universitário é visto por Camila Neves Secco, de 19 anos, como uma forma dos artistas do sertanejo evoluírem. Júlia Estevam, também de 19 anos, comenta que o sertanejo universitário atinge mais o público do que o sertanejo clássico. “Por ter um estilo mais descontraído e as músicas tratarem dos assuntos como são vistos pelos jovens, acredito que o sucesso é mais abrangente”, conclui.


A dupla Bruno e Marrone foi quem começou com esse novo estilo, logo após vieram César Menotti e Fabiano. Mas ele só estourou na mídia com a dupla Victor & Leo e depois com Luan Santana, Maria Cecília & Rodolfo, João Bosco e Vinícius e Fernando e Sorocaba.


Há quem acredite que o termo sertanejo universitário surgiu apenas por questões de marketing, já que esse estilo é tocado e consumido por pessoas mais novas entre 15 e 23 anos. “Acredito que o motivo desse nome também seja pela música ser tocada em bares e casas noturnas. O que era rotulado por ser do interior, agora é presente nas baladas das metrópoles”, afirma o músico Maurício Prado, que toca na noite santista.


Maurício toca há dez anos e entrou nesse ramo porque sempre teve paixão por sertanejo. Houve nas horas vagas sertanejo de raiz e diz que acaba influenciando em tudo no seu trabalho como cantor de sertanejo universitário. “O sertanejo de raiz fala da natureza, e o universitário tem uma pegada atual, então eu acabo unindo os gêneros”, comenta.


Ele acredita que parte do sertanejo universitário fazer tanto sucesso é por influência da mídia. “A mídia, principalmente a televisão, incentiva, convence e em alguns casos, como as novelas, exploram abertamente o estilo”, relata. Além disso, também afirma que ter a mídia como propulsora do sertanejo universitário contribui para o aumento de consumo de produtos relacionados. “A influência fica clara na vestimenta das pessoas e nos shows, como os rodeios”, finaliza.

Para outras informações sobre Maurício Prado, clique aqui.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Gandhi said

"Gandhi said that whatever you do in life will be insignificant. But it's very important that you do it. I tend to agree with the first part." (Lembranças - filme)

Certo, viciei no filme e nas reflexões que ele exige mas o que posso fazer? I tend to agree with Tyler...

De qualquer forma...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Concepção transformada

Bom, na sexta-feira eu estava voltando do jantar, entrei na Blockbuster e resolvi alugar o filme "Lembranças" (Remember me). A trama é estrelada pelo bonitão, ou não, do momento, Robert Pattinson. O astro da saga "Crepúsculo" já havia conquistado diversas fãs quando fez o popular Cedric Diggory em Harry Potter e o Cálice de Fogo, mas teve a infelicidade de receber um papel, o qual o destino do personagem seria a morte. Porém, o que deu mesmo a fama à Robert foi o papel do vampirinho brilhante Edward Cullen, que já está morto (risos).

Aproveitando o auge da fama, veio a gracinha do "Remember me". O filme não é sobre aquele romance clichê que estamos acostumados a ver em comédias românticas. O negócio todo tá mais pra um drama. Realmente me surpreendeu a atuação do Robert e por isso, mudei o que pensava sobre ele (mas o que eu penso sobre o Edward ainda continua intacto, yeah).

Robert interpreta Tyler que tá mais pra um "poeta laureado" super romântico e rebelde. Tyler divide o apê com seu amigo Aidan. O filme acontece em base de uma aposta feita pelos dois mocinhos, que após uma briga no meio da rua, Tyler apanha de um policial. Aidan desafia o amigo a conhecer a filha do tira, que surpreendentemente estuda na mesma escola dos garotos, para se vingar.

Conversa vai, papo vem, os dois começam a sair, se apaixonam e vivem cercados de problemas familiares. Tanto a mocinha quanto Tyler tem problemas na família semelhantes e um acaba entendendo o outro.

Vejo esse filme como uma reflexão sobre a vida, do que os momentos são feitos, do que é realmente necessário. O clichê desaparece, já que o clima romântico não é o foco principal do longa. Com esse filme, Robert conseguiu mostrar que tem muito mais por baixo daquela carcaça marcada pela aparente falta de banho. Ele pode mostrar que ali tem talento, um talento que só foi um pouco escondido pelos brilhos, batons e frescuras de Edward Cullen.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Gossip Girl returns

Pois é, o verão começa no hemisfério Norte e junto com ele, as nossas séries favoritas. Já vou avisando que se não viu o 1º episódio da 4ª temporada de Gossip Girl é melhor parar de ler por aqui. :)
Durante o baile de máscaras Nate já tentou dizer à Serena que a amava, o relacionamento ou amizade colorida de Vanessa e Dan tá mais pra um iô-iô, Jenny sempre como a garotinha rebelde e mimada, Dan e Serena não se sabe o que eles realmente são. A season finale da 3ª temporada foi inesperada, o que só provocou frison entre os fãs da série, já que terminou de um jeito que só aguçou a curiosidade alheia.
Agora sim podemos dar as boas vindas à nova temporada da série. O clima já começou esbanjando glamour. Também, com Serena e Blair em Paris não se podia esperar menos do que muitas compras, jantares e passeios luxuosos. Até um encontro com um herdeiro da família real B e S arranjaram. Chuck Bass, que foi baleado logo nos minutos finais da season finale, desaparece e de repente retorna, mas de um jeito muito interessante (bem à la Chuck Bass).

A garotinha Georgina Sparks, e de repente não tão mais garotinha assim, aparece na casa de Dan com uma linda surpresa. E como era de se esperar ela vai embora deixando o pacote literalmente nos braços de Dan.

Serena está voltando para NY e Nate teve vários encontros.  Será que eles vão se acertar? (espero que sim :X).

E talvez a curiosidade de muitos possa estar perto de ser sanada. Aparece quem é o suspeito ou até mesmo quem é a verdadeira "garota do blog".

Keep in touch...
xOxO.

terça-feira, 20 de julho de 2010

I'm stuck to let go...

...i know maybe it hurts, but it's time to move on.

Ps.: Give somethin to remember!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Keep Walking!

Não, não é a propaganda do Johnnie Walker. Ultimamente esse tem sido o meu lema praticamente pra tudo que tenho que lidar e uma das coisas que me acolhe quando temo são as letras das músicas ou as frases dos livros que insisto em devorar.

 A música sempre me envolveu com as melodias, letras e cifras desde pequena. Particularmente, se a música não conseguir me prender nos primeiros 30 segundos, eu pulo de faixa. Sempre fiz isso e não é novidade pra ninguém. Me enjoo fácil, necessito de algo que prenda minha atenção por algum motivo. O motivo? Está para ser descoberto nos caminhos da vida. Quando eu descobrir cada motivo que me faz perder o ar, me descabelar, gritar, temer, rir, chorar e tudo mais, eu conto. Não que eu não saiba na teoria o que me faz sentir cada coisa. Lógico que eu sei mas, cada dia que eu acordo, eu me surpreendo. Percebo que ainda posso descobrir algo de muito diferente em mim que eu nem ia imaginar que pudesse aparecer. Tenho um apego quase (ou não) vicioso por livros. Quem me conhece sabe que eu entro na história, choro com o personagem, me apaixono junto com ele e tenho medo.

Quando tudo parece perdido e sem controle eu me dou conta de que ainda pode piorar. Isso não ajuda nem um pouco. Cadê o auto-controle? Cadê a certeza? Cadê a decisão? Puff, escafedeu-se tudo. Tudo some, tudo vira pó. E aí me encontro de novo ao ar livre, pronta para ser testada e observada. "U gotta believe, don't fear, don't break it".

Você pode me perguntar qualquer coisa e MUITO provavelmente eu não saberei a resposta de tudo. Afinal, sou especialista em formular perguntas complicadas. Eu sei que não saberei de tudo mas, o que eu posso fazer de melhor é ser sincera. Custe o que custar, não importa o que eu tenha perdido ou que eu possa vir a perder. Não importa também o que eu possa ganhar, isso é o de menos. Chega um momento que não importa que você tenha lutado. Eu sei que eu lutei e sei que seria testada. Mas eu sei mais do que ninguém que eu sou de mais longe do que você imagina.

De qualquer forma...

domingo, 18 de julho de 2010

tik tok

O tempo passa rápido, esse é o maior defeito dele. Ou não, pois quando o tempo passa ele nos faz esquecer, acostumar, tampar feridas e moldar mágoas no nosso interior. Às vezes acho que eu tenho o poder de trancar todas as janelas que dão pra minha vida. "Eu canto as notas mais erradas de refrões que eu nem sei tocar". É...tem horas que eu prefiro deixar as músicas 'falarem' por mim.

Essa semana liguei pra minha amiga que sempre me acompanhou nos meus dramas e ela me fez enxergar coisas que eu sabia faz tempo mas que eu preferia esconder ou fingir. Ela me indicou um seriado, um livro e um cd. Foi uma união completa. Cada coisa se encaixou perfeitamente sem problema nenhum...a única coisa da qual eu não gostei nem um pouco foi que tudo isso unido me fez pensar e chegar a uma só conclusão...a qual eu prefiro deixar subentendida ou escondida no meu mundo particular.

Ser-humano é um bicho complicado. Oh God! Tem coisas que são tão simples mas tem outras que são um fardo. Tem dias que eu estou nostálgica, melancólica...tem outros que eu não me aguento de felicidade e os sorrisos não cabem no meu rosto. Pra ser sincera, eu gosto disso em mim. Felicidade 100% do tempo é demais, pois por mais estranho que pareça "this is the way the story goes".

Sou mais indecisa que qualquer coisa que já tenha existido e acho que as coisas acontecem comigo pra me testarem. Mas a culpa não é minha, ou é? Não sei, disso eu realmente nao sei. Talvez seja, talvez não.

Durante as minhas tardes nostálgicas e entediantes eu estava passeando pelo blog do Lucas, da banda Fresno e ele mais uma vez me surpreendeu com suas palavras. Eu li o texto, me emocionei, me arrepiei e vi a minha história estampada linha após linha, palavra atrás de palavra.

Eu sei que quando lutamos contra nós mesmos, contra o que acreditamos e contra o que sentimos somos os únicos a colecionar dor e feridas. Eu criei leis pra mim mesma do que é o certo e do que é o errado. Quando tento ir contra elas me deparo com um bolo no meu estômago e uma voz no meu interior dizendo "tá errado, volta e faz o certo". Mas E SE naquela hora o certo que é o que eu acho certo não é realmente o certo? OMG...eu to pirando, ou não. "I need to find my way" - The Maine

"Nós é que falamos línguas diferentes quando o assunto é sentir e expressar" - Lucas Silveira

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Saudade

Saudade é uma palavra difícil de ser explicada. Na verdade, nunca consegui dar um significado real e concreto pra ela. É um sentimento que particularmente, é o mais difícil de ser explicado e de ser vivido também. 

A saudade envolve amores, paixões, perdas, desilusões, morte e vida.  Não sou boa em dizer adeus, acho que não é a primeira vez que digo isso. Ah, qual é...não é possível que haja alguém que lide com esse fato de maneira tão fácil e desprendida.

Eu me apego fácil a tudo, incondicionalmente. Passo a ficar dependente daquilo, isso faz mal, não é certo...ou é? Não sei. Tem dias que eu começo a fazer milhares de perguntas e a maioria delas não tem resposta.

Hoje é um dia desses que eu poderia passar a noite escrevendo perguntas atrás de perguntas e tenho certeza de que eu receberia respostas quilométricas, mas nenhuma com a verdade real.

De qualquer forma...

"I won't worry my life away"

domingo, 20 de junho de 2010

"A pergunta é:

...e quando o outro é muito mais do que um?"

- A Menina que Roubava Livros

terça-feira, 15 de junho de 2010

É assim...

Eu geralmente escrevo para a velocidade. Temas e pautas caem a toda hora, notícias ficam velhas e fontes acabam sumindo. O que mais falamos é : "necessito de pauta" ou "preciso de pauta pra semana que vem".

Aqui já não faço isso. Escrevo quando me dá na telha, quando me dá vontade e quando quero desabafar. Me expresso melhor escrevendo, mesmo que às vezes, as palavras insistam em desaparecer.

Palavras leves como uma pena ou palavras nem tão leves assim. Chamo o público, a cortina sobe e daí chegam os pensamentos e fantasias. Alguns começam a rir sem equilíbrio.

Eu imagino que sombras nítidas possam trazer a luz do dia, que vão dançando através dos telhados. Tem vezes que eu sou a mesma, mas acabo sendo estranha até para quem me conhece.
...mas quase ninguém sabe ou se dá conta disso.

De qualquer forma...

domingo, 13 de junho de 2010

Mitnehm

Se eu tiver coragem, eu posso fazer isso agora.
Vou pegar os restos dos caminhos que eu nem conheço, porque eu não sou de ficar parada no trânsito.


De qualquer forma...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

É verdade?

Às vezes paro e penso se é verdade tudo o que sei e o que todos vêm me dizendo. É verdade o que vem me dizendo sobre você?

Devia haver mais transparência e menos esconderijos. Para os que pensam que isso é pesado, isso é verdade ou é apenas mais uma fofoca? Chamarei isso de mistério ou qualquer outra coisa, desde que você me chame para desvendá-lo contigo. 

Bem...você pegou isso quando eu proporcionei um espaço de confiança? Pode até chamar de evento catastrofico. Ah, não quis dizer isso para causar nenhum dano, nenhuma mágoa, mas pensar que não há nada errado é um problema. 

Estou esperando, nunca fui paciente. Na pressa de soletrar as palavras difíceis, preste atenção em mim. Estou sublinhada em ideias que não têm nem se quer, uma linha tênue de pensamento.

Ah, mas quem sou eu para implorar por diferença?

Eu devia parar de fazer tantos questionamentos.

De qualquer forma...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Sometimes

“Sometimes the sun the shines on other peoples houses and not mine. Somedays the clouds paint the sky all gray it takes away the summer sky”



Eu quero andar através dos longos caminhos como qualquer um. Por entre grades, campos, portões ou árvores. Não importa qual seja. Só almejo o destino final. Vou alto, baixo, médio, fazendo amigos ao longo do curso.


Não pedirei muito à ninguém, estarei ao lado quando precisarem. Luto por quem eu gosto, vou até o fim. Posso errar, mas quando erro nao é intencionalmente.


Utilizarei as palavras tão sábias de Jason Mraz: “and make my mistakes look gracious and learn some lessons from my wrongs.”


Perfeito dentro de seus limites, na sua concepção, eu espero que você decline. Quando as nuvens saírem, quando a chuva cessar, quando o céu se abrir, tudo ficará bem...sempre fica.


De qualquer forma...

domingo, 23 de maio de 2010

Saudade do que já foi vivido

Tenho saudade das manhãs engraçadas, dos risos intermináveis provocados por palavras e situações bizarras ou até mesmo aqueles sem nenhum motivo específico.



Saudade dos momentos de divisão do líquido sagrado e das reclamações contínuas. Saudade da frase que vinha sempre logo pela manhã: "Quero ir embora". Hoje digo isso sozinha, pra mim mesma, não tenho com quem dividir.


Saudade das pessoas que me conheciam tão bem, as quais sabiam o que eu estava pensando e que me cutucavam quando algo vinha a passar. Saudade do compartilhamento de carteirinhas e do nosso lugar reservado no céu pelos atos bons que fazíamos.


Saudade dos apelidos que nos referíamos a metade das pessoas ao nosso redor. Saudade dos códigos e das manhãs que ficávamos cantando. Saudade das histórias contadas e dos abraços.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

So unusual

"Courage is the triumph of the soul"



Concordo. Coragem é o triunfo da alma. Na maioria das vezes, eu sei onde quero andar, onde quero ir. Posso dizer que é mais a história incomum de uma garota incomum proveniente de um mundo incomum.

As vezes me arrasto para fora de um quadro pintado que é a minha vida, as vezes prefiro me manter nele. Não sou constante, mas também não vivo numa montanha russa bipolar.


Not so usual. Não sou tão comum, mas nem um pouco prática também. O que é isso? Não sou mística ou muito menos mágica. Não tão fora de controle, não tanto. Simplesmente assim incomum.
De qualquer forma...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Lembranças

E se eu te dissesse que tudo estava predestinado? Você acreditaria em mim ou ao menos concordaria?


Eu me preocupo e acabo espalhando meu medo por aí, mas essa manhã há uma calma que não consigo explicar. O doce derreteu, só restaram os embrulhos. Eu sei que quando eu reconhecer esse momento, tudo já terá passado, mas, ainda assim, eu vou me lembrar.
De qualquer forma...

terça-feira, 18 de maio de 2010

About the outcome

Ela é assim, sempre foi assim. Exagerada toda a vida, tudo fica 10 vezes maior do que realmente é. Carrega o desassossego no bolso e a concentração numa frasqueira. Tem dias que dá a maior vontade de não querer ter pensamento, um desejo de não ser nada e de repente uma súbita vontade de ser tudo.

Às vezes acaba causando uma suspensão da vontade, do pensamento, da emoção. São justamente períodos que a incapacidade de pensar, sentir e querer aparecem. Na verdade é por falta de escolha ou por ter muita coisa a escolher. Difícil.

Me foge ao pensamento prazer maior, em toda sua vida, que poder dormir. É quando pode apagar geral a vida e a alma. Fugir. Fugir é ilusão. A gente quer, a gente briga e batalha. Pode fugir por anos, mas o que te perturba irá te seguir onde quer que você vá. Seu desejo é fugir, fugir do que conhece, do que é seu e do que não é. Quer ver novos rostos, ouvir novas risadas, experimentar novos hábitos e sabores.

Não...ela vai ficar, ficar pra ganhar e encontrar o que de fato a faz sobressaltar. Dirige através do pensamento mais de 130 km num tipo indescritível de manhã que acaba durando a tarde inteira. Nunca presa à melancolia e nunca deixando nada para trás.

Quebra a cabeça pensando sobre o resultado de coisas ainda sem resultados. De repente, aluga um quarto e preenche os espaços com coisas indefinidas pra deixá-lo com cara de lar. Vive em meio à crises, mas nada comparado à solidão.

Na maioria das vezes incomoda por estar sempre com um sorriso estampado, o qual esconde superstições silenciosas. Não acredite nela quando diz que tem tudo sob controle. Às vezes deixa escapar coisas que podem estar fora do seu alcance e nem percebe.

Todos não passam de estranhos e concorda que esse é o perigo de seguir seu próprio caminho. Não é o preço que tem a pagar, isso se chama vida.

De qualquer forma...