terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Cadê a vontade?

Hoje, depois de tantos tropeços e um final nada feliz, possuo sua coleção de maquiagens e pouca coisa que restou das suas jóias. Pode ser infantilidade ou até mesmo inocência da minha parte mas, quando toco em algo que eu sei que já foi seu, parece que eu sinto você mais perto de mim. Loucura, eu sei.

Nunca revelei o que eu seria capaz de fazer para poder pelo menos te dar um último abraço. Nunca revelei o que se passava dentro de mim. Nunca revelei o que eu realmente sentia.

Essa semana tá sendo irritavelmente insuportável. O nó na garganta está permanente, ele não vai embora de jeito nenhum, ele só alivia em algumas horas do dia. Sua imagem me vem à mente o tempo todo e até ouço sua voz. Por isso, prefiro passar as horas livres dormindo ou com a cara enfiada em um bom livro que não me permita desviar a atenção nem por um segundo.

Percebi que minha dor de cabeça só aumenta, pois não consigo encontrar a tranquilidade. Não consigo ficar em casa, principalmente no quarto que um dia já foi seu. Não consigo parar de pensar nas coisas que poderíamos estar fazendo juntas. Não consigo parar de imaginar se você está vendo o que eu conquistei em pouco tempo.

Eu estou cansada psicologicamente, estou cansada de acontecimentos impiedosos. Isso chega a ser desumano quando acontece tudo de uma vez. Eu não era assim, não desistia tão fácil.

Na verdade, eu não estou desistindo, só estou adiando um pouquinho o combate. Abortei a missão, recuei toda e qualquer força. Eu realmente espero que essa vontade de lutar volte. Uma hora volta, uma hora passa e até lá eu continuo escrevendo coisas melancólicas, sem sentido e totalmente submersa em livros e canções.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Filosofando #5

When my life is through and the angels ask me to recall the thrill of it all. Then I will tell them i remember you.

                                                   - The Beatles

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Memórias

Certamente existem coisas que são invisíveis aos nossos olhos e ao nosso alcance. Existem coisas que simplesmente desaparecem como se fosse num passe de mágica. Existem coisas que continuam a nos assombrar por anos. Existem coisas que, apenas pelo fato de existirem elas lhe oferecem a maior e melhor felicidade. Existem coisas que...simplesmente existem.

Existem coisas que ficam guardadas na memória à sete chaves, e também tem aquelas que insistem em aparecer de repente, a qualquer momento. Pessoas fazem das fotografias um meio de congelar essas memórias da vida e geralmente, quando presas em fotos, são felizes. As tristes, fazemos questão de rasgar ou de nem registrar. Infelizmente, as memórias tristes e amargas ficam presas no nosso incosnciente e poxa vida, como seria bom se pudéssemos rasgá-las lá dentro para darem lugar só para as coisas boas.

Eu tenho as minhas memórias, e quer saber de uma coisa? Não quero me livrar delas. Elas são minhas, eu as conquistei. Mesmo que as tenha conquistado com erros, eu sei que a maioria delas foi por mérito meu, pelos meus acertos.

"Acho que a única razão de sermos tão apegados em memórias, é que elas não mudam, mesmo que as pessoas tenham mudado".

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Facul, sexta à noite

Aglomeração, maquiagens, salto alto, essência de perfumes, roupas da moda e cabelos arrumados, sem dúvida, são coisas presentes em qualquer faculdade na sexta à noite. Geralmente, após as aulas, os destinos dos universitários são as baladas, bares e shows.

Ao invés das passarelas, os desfiles de moda acontecem nos corredores e logo dá para notar quais são as pessoas que, com certeza, vão cair na farra e quais vão direto pra casa curtir a tranqüilidade do lar.

As tribos se formam no pátio na hora do intervalo e os assuntos também são as novidades da noite, tudo sempre cercado de muita animação e expectativa. Dentro das salas de aula, os professores são obrigados a competir com o burburinho e agitação que o clima da sexta-feira proporciona.

Geralmente, as duas últimas aulas são as mais prejudicadas, pois antecedem o famoso ‘esquenta’, que é feito em bares próximos às faculdades e até mesmo em postos de gasolina que possuem lojas de conveniência.

Quem possui carro é o responsável pelas caronas. Músicas no último volume, copos, garrafas e latas de bebidas alcoólicas também são presentes na vida dos baladeiros. Os papos que rolam são os mais variados, desde os receios e irritações voltadas à faculdade até os possíveis encontros que podem rolar na madrugada.

O esquenta é apenas o início para a diversão que é tão aguardada durante toda a semana já que, depois de uma semana inteira de trabalho, nada melhor do que uma balada ou um bar com os amigos para descontrair. E que assim, comece a folia

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

There's no combination of words...

Eu acredito em memórias. Elas parecem aconchegantes, acolhedoras e bonitas quando estou acordada ou quando estou dormindo. Não houve tempo suficiente pra eu colecioná-las, você partiu antes disso. Acho que seu contrato venceu antes do tempo, isso deveria ser revisado. Só sei que isso dói.

Dói porque não fiquei tanto tempo do seu lado e vou te contar um segredo: acho que até o pra sempre seria insuficiente, queria você comigo até o fim. Dói permanentemente. Dói porque no fundo, eu sabia que a gente ainda tinha muita coisa pela frente. Dói porque era o que eu mais queria e eu sei que não posso ter.

No momento, pelo menos, eu não tenho nenhuma combinação de palavras que expressem meu profundo sentimento. Apenas: dor e saudade. Não tenho nenhuma combinação de palavras que relatem realmente o que eu penso, o que eu queria fazer, o que eu desejava pra gente. Só queria você aqui, comigo.

"Mesmo que o tempo passe e nada mude, ainda vou ter o teu olhar".

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Filosofando #4

I wonder what it's like to fly so high or to breathe under the sea. I wonder if someday I'll be good with goodbyes but I'll be ok if you come along with me.


                                                    - McFly

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vai ou não vai?

Cheguei num ponto que não consigo mais chorar com tanta facilidade quando sinto falta dela. No início, pensei que eu estava virando uma pessoa sem sentimentos e que a frieza estava tomando conta do que ainda restava de sensibilidade dentro de mim.

Às vezes, eu preferia conseguir chorar. Quando as lágrimas aparecem na minha face e quando faço isso com vontade, parece que eu descarrego tudo de uma vez. Sendo assim, acabo ficando mais aliviada. Em contrapartida, ultimamente, não estou conseguindo chorar e isso me deixa pior. O nó na garganta, o aperto no peito, a saudade, tudo isso se junta numa coisa só e nada. Sinto que só acumula.

Gostaria de entender muita coisa que ainda não entendo, que tenho dúvida, mas quanto à isso, acho que nunca vou conseguir compreender. Quando eu sinto que vou começar a chorar, inexplicavelmente, eu prendo o choro. Evito de falar sobre isso com as pessoas, quero evitar olhares comovidos e um possível sentimento de pena. Quero evitar, só isso. Na verdade, queria evitar esse sofrimento, mas a gente não escolhe o que vai acontecer na vida da gente e cá entre nós, it sucks.

Dizem que Deus não dá um fardo maior que a gente não consiga carregar, mas parece que eu to desmontando aos poucos sem que ninguém perceba.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Dúvidas

Meu maior medo sempre foi descobrir o futuro. De algum modo, ou de outro, isso sempre me assustou. Gosto de coisas inesperadas, gosto de ser surpreendida afinal, tudo fica mais gostoso.

As expectativas, o frio na barriga de não saber o que vem depois, nada se compara. Mas no fundo, eu fico me questionando: e se eu soubesse o que aconteceria, será que eu agiria diferente?

Todos me dizem que não tenho que me lamentar por nada. Eu fiz tudo o que estava ao meu alcance. Fui magoada e de uma forma ou outra, lidei com a situação do jeito que eu consegui.

Não estou arrependida da forma que eu agi, só estou meio chateada pois eu sei que, no fundo, eu poderia ter aproveitado um pouquinho mais.

Certa vez me disseram que a saudade é o amor que ficou. É, eu concordo mas também, como dizia Bob Marley: "Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos" . Esse sentimento de falta, de vazio, eu sei que vou carregar pra sempre. Com os dias vai melhorar e piorar, sendo assim, só cabe a mim chorar quando sentir vontade e sorrir quando as recordações vierem à tona.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Conflitos

Tem horas que, inevitavelmente, eu acho que sou mais produtiva quando estou sonhando. Eu digo sonhando quando estou dormindo, envolvida naquele sono profundo, o qual nada me faz despertar.

Quando estou acordada vivo elaborando as minhas teorias e previsões e muitas vezes, eu acabo não fazendo aquilo que eu realmente acredito. Talvez por medo, por insegurança ou receio de me machucar de novo.

Estou ciente de que a vida nem sempre é solidária e amigável com as pessoas. Ela derruba mas, inacreditavelmente, ensina. Então eu aprendi ou estou tentando absorver que talvez eu tenha passado por tudo isso para estar onde eu estou.

É loucura, eu sei, porém o mundo é feito das conclusões mais doidas e mais precipitadas.

"Uma coisa é certa: ficar sentado se sentindo infeliz não vai mudar nada".


- O Menino do Pijama Listrado