terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Cadê a vontade?

Hoje, depois de tantos tropeços e um final nada feliz, possuo sua coleção de maquiagens e pouca coisa que restou das suas jóias. Pode ser infantilidade ou até mesmo inocência da minha parte mas, quando toco em algo que eu sei que já foi seu, parece que eu sinto você mais perto de mim. Loucura, eu sei.

Nunca revelei o que eu seria capaz de fazer para poder pelo menos te dar um último abraço. Nunca revelei o que se passava dentro de mim. Nunca revelei o que eu realmente sentia.

Essa semana tá sendo irritavelmente insuportável. O nó na garganta está permanente, ele não vai embora de jeito nenhum, ele só alivia em algumas horas do dia. Sua imagem me vem à mente o tempo todo e até ouço sua voz. Por isso, prefiro passar as horas livres dormindo ou com a cara enfiada em um bom livro que não me permita desviar a atenção nem por um segundo.

Percebi que minha dor de cabeça só aumenta, pois não consigo encontrar a tranquilidade. Não consigo ficar em casa, principalmente no quarto que um dia já foi seu. Não consigo parar de pensar nas coisas que poderíamos estar fazendo juntas. Não consigo parar de imaginar se você está vendo o que eu conquistei em pouco tempo.

Eu estou cansada psicologicamente, estou cansada de acontecimentos impiedosos. Isso chega a ser desumano quando acontece tudo de uma vez. Eu não era assim, não desistia tão fácil.

Na verdade, eu não estou desistindo, só estou adiando um pouquinho o combate. Abortei a missão, recuei toda e qualquer força. Eu realmente espero que essa vontade de lutar volte. Uma hora volta, uma hora passa e até lá eu continuo escrevendo coisas melancólicas, sem sentido e totalmente submersa em livros e canções.

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