segunda-feira, 8 de agosto de 2011

8 meses

8 meses que você partiu sem ao menos me avisar. Eu poderia puxar suas orelhas por ter ido desse jeito.

E seu dia tá chegando! Aquele dia em que você ficaria mais velha e eu ia te ligar desejando parabéns. Clichê, eu sei, mas não poderia deixar de pegar o telefone e te ligar. Agora, eu te pergunto: Tem telefone ou algum meio de comunicação no lugar onde você está? Se tiver, por favor, me fala. A saudade é grande demais e eu não tenho pra onde correr quando a dor aperta.

Quando estou sozinha em casa às vezes começo a chorar do nada. Lembro dos detalhes e ouço tua voz constantemente. Eu daria tudo pra ter um abraço seu agora. Podia ser daqui há 30 anos, mas eu queria ter a certeza de que ainda poderia te abraçar de novo algum dia.

A situação piora a cada dia que passa. Vai fazer um ano daqui a pouco e nada melhora.
1º mês: a ficha não tinha caído.
2º, 3º, 4º mês: a ficha continuava sem cair. Eu tenho quase certeza de que estava no meu período de negação.
5º mês: medo de olhar pro lado e não te ver e me dei conta de que não iria.
6º,7º mês: a dor tomou conta e não sai de dentro de mim.
8º mês: aqui estou eu, justamente na data mais ingrata e a saudade só tende a aumentar.


Eu tenho tanta coisa pra escrever, mas as palavras se misturam de uma tal forma que não consigo nem formar uma frase.

Queria te levar flores. Margaridas, violetas e rosas. Porém, com muita vergonha, admito que não tenho coragem. Desculpe por eu ser fraca e boba, mas quando se diz respeito à essas coisas, eu sou a pessoa mais covarde do mundo.

Espero que você esteja bem.
Eu te amo.

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