terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Vem cá, quero falar contigo!

Bom dia, coração!
Hoje resolvi ter uma conversa com você. Eu sei que no fundo, isso não tem sentido e nem finalidade, mas não custa tentar. Nada será perdido.
Tenho uma lista infinita de pedidos a serem feitos. Outra, de exigências e outra, de súplicas.
Estamos enfrentando uma guerra? Somos inimigos declarados? Apesar de você funcionar muito bem na teoria e na prática ser uma droga, sinto que estou perdendo essa batalha pra você.
Tu és esperto, não? Sabe bater desesperadamente, parecendo que vai sair do meu peito, quando sabe que aquele algo me faz vibrar. Também é mestre em se enrolar e se espremer de tal forma que, às vezes, parece que fica um espaço em branco dentro de mim. Para de ser assim, tão insensível.
Descobri um ponto fraco seu. Você, meu caro, não sabe fazer curvas. Não sabe pular obstáculos e muito menos, se pendurar numa corda quando está à beira de um precipício. Mas, com esses pontos fracos, eu que acabo me ferrando.
Já que você pertence a mim, quando faz suas "curvas retas", eu que dou de cara no muro. Quando não dá um salto alto o bastante, eu que tropeço. E quando não segura com bastante vontade, eu que acabo caindo no mais fundo dos buracos. Como meus bíceps deixam a desejar, levo muito tempo pra conseguir chegar ao topo.
Chega dessa brincadeira, não quero mais participar dos seus jogos. Posso te dar uma dica: para de ser tão burro, tão inocente.
Porém, ainda tenho esperança. Seu prazo de validade não deve estar no final. Ainda posso conseguir te ensinar algumas coisas e se eu não for boa o bastante, com certeza aquela coisa, chamada vida, vai fazer você aprender quebrando a cara. Quando você levantar, coração, ela, com certeza, vai olhar pra você e com o mais sarcástico sorriso estampado no rosto vai dizer: "Eu te avisei".

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